Secretaria de Saúde realiza Seminário Mulheres Deficientes na
prevenção do Colo de Útero
Doença é a 1ª no ranking maranhense
Para
o Brasil, no ano de 2012, esperam-se 17.540 casos novos de câncer do colo do
útero, com um risco estimado de 17 casos a cada 100 mil mulheres. A
incidência do câncer do colo do útero manifesta-se a partir da faixa etária de
20 a 29 anos, aumentando seu risco rapidamente até atingir o pico etário entre
50 e 60 anos. Esse é o tipo de câncer mais freqüentes entre as maranhenses.
O
principal fator de risco para o desenvolvimento de lesões intraepiteliais de
alto grau e do câncer do colo do útero é a infecção pelo papilomavírus humano
(HPV). Apesar de ser considerada uma condição necessária, a infecção pelo HPV
por si só não representa uma causa suficiente para o surgimento dessa
neoplasia. Além de aspectos relacionados à própria infecção pelo HPV (tipo e
carga viral, infecção única ou múltipla), outros fatores ligados à imunidade, à
genética e ao comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos ainda
incertos que determinam a regressão ou a persistência da infecção e também a
progressão para lesões precursoras ou câncer. A idade também interfere nesse
processo, sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30
anos regride espontaneamente, ao passo que, acima dessa idade, a persistência é
mais frequente. O tabagismo eleva o risco para o desenvolvimento do câncer do
colo do útero. Esse risco é proporcional ao número de cigarros fumados por dia
e aumenta sobretudo quando o ato de fumar é iniciado em idade precoce. Existem
hoje 13 tipos de HPV reconhecidos como oncogênicos pela Agência Internacional
para Pesquisa sobre o Câncer (IARC). Desses, os mais comuns são o HPV16 e o
HPV18.
O
teste Papanicolaou convencional constitui-se na principal estratégia utilizada
em programas de rastreamento para o controle do câncer do colo do útero. Além
disso, a vacina contra o HPV é uma promissora ferramenta para o combate a esse
câncer, porém ainda é uma prática distante da realidade dos países de baixa e
média rendas, em razão de seu alto custo. Sendo assim, o rastreamento
organizado é a melhor estratégia para redução da incidência e da mortalidade
por essa neoplasia. Além disso, as vacinas disponíveis hoje no mundo não conferem
imunidade contra todos os tipos de HPV. Estão registradas pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) as vacinas quadrivalente (HPV 6,11,16 e 18) e
bivalente (HPV 16 e 18) contra o câncer do colo do útero, indicadas para
mulheres com idade de 9 a 26 anos. A incorporação da vacina contra HPV no
Programa Nacional de Imunizações permanece em discussão pelo Ministério da
Saúde e pode se tornar uma das ferramentas para o controle do câncer do colo do
útero no futuro.
No
Brasil, a estratégia de rastreamento recomendada pelo Ministério da Saúde é o
exame citopatológico prioritariamente em mulheres de 25 a 64 anos. Faz-se
necessário, portanto, garantir a organização, a integralidade e a qualidade dos
programas de rastreamento, bem como o seguimento das pacientes.
Em
Imperatriz
Já
Graça Lima, superintendente regional da BEMFAM-MA disse que “é preciso pensar
naquelas pessoas que são diferentes da gente. Garantir para essas pessoas a
cidadania, olhando para a inclusão social”.
A prevenção
ao câncer de colo uterino para mulheres com deficiência
O
que se observa, não só no Brasil, mas em outros países, é que ainda há uma alta
incidência de câncer de colo de útero, em especial, nos países em
desenvolvimento. O indicado pelo Ministério da Saúde é um programa de
rastreamento para buscar as pessoas em fase de possível risco à incidência
desse tipo de câncer. No Brasil é o segundo tipo de câncer mais comum nas
mulheres. No Maranhão, é o primeiro.
O
pico de incidência é nas mulheres de 40 a 60 anos, entretanto, isso não
significa que mulheres mais jovens estejam livres disso. Segundo o INCA-
Instituto Nacional do Câncer, existe um grande potencial de prevenção e cura
quando diagnosticado precocemente. Isto quer dizer que se todos os exames
preventivos forem realizados, a possibilidade de cura é de 100%.
A
orientação do Ministério da Saúde é priorizar o atendimento às necessidades da
população através da política pública de saúde no plano de ações estratégicas.
“Com isso, graças à intuição e sensibilidade muito grande da Dra. Graça Dantas,
a coordenação do Programa da Mulher escolheu enfatizar, sem deixar o cuidado a
todas as outras mulheres, voltar nesse momento, a atenção especial às mulheres
com deficiência e utilizando a estratégia de rastreamento, que é contemplado
pelo Ministério da Saúde, que é o exame citopatológico de prevenção que já tem
sua realização habitual”.
“O
maior presente que nós temos na nossa vida é a nossa própria existência, um
presente que nós ganhamos de Deus. É um presente precioso e cabe a nós a guarda
deste presente, o cuidado com este presente”. Observamos que a maioria das
pessoas com deficiência tem dificuldade no acesso à informação, principalmente
porque nós não somos culturalmente estimulados a nos preparar para esse atendimento.
Então, faz-se necessário cada vez mais o preparo de profissionais para isso”,
afirmou a coordenadora do PAISM, Graça Dantas.
As
pessoas com deficiência são também notadamente mais pobres, com menor
escolaridade e vem de um desdobramento menor da vida social do que outras
pessoas sem deficiência.
Além
disso, no caso da deficiente, a mulher sofre uma dura discriminação. Ela
enfrenta não só as dificuldades que uma mulher em sua maioria já enfrenta, mas
agrega também dificuldades no âmbito legal, social, cultural, econômico e
educacional. Isto levando consequentemente à possibilidade de isolamento
social, preconceitos, estigmas, justamente relacionados à deficiência e por
conta da carência de informação e de orientação às pessoas.
Neste
projeto, o objetivo é fortalecer a rede de prevenção, diagnóstico e tratamento
do câncer do colo do útero, através de atividades voltadas para a informação,
oferta de exames citopatológico, diagnóstico precoce e acompanhamento de
mulheres com deficiência.
A
busca é no avanço da conscientização para a responsabilidade e conseqüentes
cuidados com apropria saúde. A responsabilidade pela nossa vida só cabe a nós
mesmos. Não é só para deficientes, mas para todos indistintamente. Muitas vezes
as pessoas transferem as responsabilidades para outras pessoas. Não fazer tal
coisa porque não tem tempo, o marido não leva, tem que cuidar do filho ou não
tem ninguém para fazer isso pra mim, etc.
O
evento, realizado no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, contou com a
participação de enfermeiros, técnicos e agentes, profissionais e pessoas multiplicadoras
de informações e fortalecedoras da estrutura física e material. Recursos
garantidos pelas parcerias dos governos. Como é o caso da feita com a BEMFAM-organização não governamental, de ação social e sem fins
lucrativos com 46 anos de atuação, ampliando o acesso da população, em especial
de grupos socialmente mais vulneráveis - a produtos e serviços.
“É
preciso motivar a mulher a cuidar da sua saúde. “Temos colocado este lema em
todas as campanhas da Saúde da Mulher. A mulher que se ama, se cuida”. A
prevenção é o primeiro passo. Reduzir a desigualdade de acesso da mulher à rede
da Saúde e com isso, redimensionar a oferta real dos serviços prestados,
melhorar a qualidade do atendimento à mulher, informar, capacitar e atualizar
recursos humanos. Isso é o que pretende este projeto”, afirmou Lena Noleto.
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