Governo Municipal faz
trabalho inovador na Vigilância
em Saúde Ambiental
Muitas
ações da gestão municipal de Imperatriz são de suma importância para a
população, entretanto, são praticamente desconhecidas de boa parte da
população. Nesta terça feira, 26 de junho, a assessoria de comunicação da
Secretaria de Saúde esteve acompanhando um dia de campo da Vigilância em Saúde
Ambiental, trabalho coordenado por Conceição Luz e assessorado pelo químico
industrial Maik Lopes Ferro, do Vigiágua e Vigisolo e por Vilson Nascimento,
responsável pelo Vigisolo. O trabalho agrega ainda o Vigiar e engloba um
conjunto de ações e serviços que proporcionam o conhecimento e a detecção de
fatores de risco do ambiente que interferem na saúde humana.
“Nós aqui da Vigilância em Saúde Ambiental
somos confundidos tanto com o meio ambiente quanto com a vigilância sanitária”,
revela Maik Ferro. Segundo ele, nem é um nem outro, mas sim as duas áreas em
comum. A preocupação com o meio ambiente e sua interferência na saúde humana. A
água contaminada (Vigiágua) e o solo contaminado (Vigisolo), bem como o ar
contaminado (Vigiar) são as essências que provocam distúrbios na saúde humana.
O
Vigiagua é um programa criado para cuidar da qualidade da água de
Imperatriz.Garantir à população o acesso à água em quantidade suficiente e
qualidade compatível com o padrão de potabilidade estabelecido na legislação
vigentepara a promoção da saúde. Para tanto, é feita a coleta e análise físico
química e micro-biológica da água feita em laboratório. Diariamente um carro da
Vigilância ambiental sai com material para fazer a coleta. Posteriormente é
feito um laudo com os resultados e este então é repassado para a população.
Segundo
Maik Ferro, existe ainda a questão da inspeção: “nem toda a água de Imperatriz
é fornecida pela estação de tratamento da Caema. Algumas empresas, escolas e
condomínios possuem poços artesianos próprios. São os Sistemas de Abastecimento
Coletivo (SACs). Eles têm a responsabilidade sobre esta água. Então eles têm
que fazer o controle mensal e fornecê-lo à Vigilância em Saúde Ambiental”.
Doenças
transmitidas pela água
Basicamente,
são três as doenças transmitidas pela água: Febre tifóide, causada por uma
bactéria chamada Salmonela, presente nas fezes e na urina. É conhecida como a
doença das mãos sujas; diarréias e hepatite A, que é transmitida principalmente
pela água ou alimentos contaminados com fezes de pacientes doentes. Nos locais
onde a água é proveniente de sistema, a contaminação pode estar ocorrendo
dentro de casa ou nos estabelecimentos por falta de limpeza de caixa d´água,
por falta de higiene ou práticas adequadas no preparo de alimentos, na
higienização de utensílios, na falta de lavagem das mãos após o uso do
banheiro, etc.
Cuidados
com os solos contaminados
O
Vigisolo desenvolve ações de vigilância em saúde de populações expostas a solos
contaminados ou sob risco de exposição, principalmente por substâncias
químicas. As fontes de contaminação mais comuns são a agricultura, com o uso
indevido de agrotóxicos, as áreas de depósito de resíduos urbanos, os lixões; a
mineração, atividades industriais que armazenam e manipulam produtos químicos e
geram efluentes e resíduos; cemitérios e postos de combustíveis.
Para
Vilson Nascimento, responsável pelo Vigisolo, “o programa ainda é uma criança,
bem diferente do Vigiágua, que tem sua estrutura um pouco mais avançada. O
Vigisolo ainda trabalha de acordo com o Ministério da Saúde somente em cadastro
e mapeamento das áreas onde a população está exposta ao solo contaminado”.
Uma
das linhas de atuação do Vigisolo é preventiva. Nas redondezas do aeroporto de
Imperatriz há muitas plantações, principalmente de hortaliças. A orientação é
no sentido do tipo de agrotóxico usado, onde está sendo jogado o resíduo deste
agrotóxico e se está contaminando o solo.
Vilson
Nascimento lembra que é muito importante que o Vigisolo tenha o poder de
fiscalização: “enquanto não existirem políticas públicas voltadas para esta
área e que a fiscalização chegue à punição, pessoas que estão contaminando
nosso meio ambiente em menos de 10 anos estarão proporcionando a nossos filhos
uma situação muito pior do que a que é apresentada hoje”.
Imperatrizense
não controla uso da água
Não é
preciso nem encomendar uma pesquisa para revelar que o imperatrizense
desperdiça água, mesmo sabendo como economizar o recurso natural.
Dados
divulgados nesta terça-feira (26) informam que 48% da população admite gastar
água em suas casas com pouco controle, 30% demoram mais de dez minutos no banho
e 29% dos domicílios de Imperatriz sofrem com a constante falta do insumo.
Segundo Maik Ferro, a cultura nordestina não
atenta para o desperdício de água: “Em Imperatriz, algumas pontas de rede, nos
bairros de periferia, não chega água constantemente, há a questão da
intermitência, causada pela falta de consciência da população. Onde chega água,
há um grande desperdício. Como a Caema não tem o hidrômetro em todas as
residências, geralmente as pessoas pagam a taxa mínima, geralmente não há esse
controle nem a preocupação com o desperdício. Como não pesa no bolso deles, não
existe o compromisso da população que tem a água todos os dias.
“A
questão sobre a água doce, seus problemas e soluções, ainda precisa ser melhor
compreendido pelo cidadão de Imperatriz. A urbanização crescente da cidade nas
últimas décadas trouxe consigo também os problemas inerentes aos grandes
centros. A
grande preocupação do grupo, formado por integrantes da Vigilância em Saúde e
da Secretaria de Saúde é justamente com o abismo existente entre o reconhecimento do
problema e a tomada de atitudes precisa ser compreendido. A visão sobre a questão
da água é ainda muito limitada, bem como a percepção dos problemas que o mau
uso podem acarretar”, avalia Maik Ferro.

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