Número de
casos de hepatites virais é crescente em Imperatriz
Nesta quarta feira, dia 25 de julho,
será realizado no Complexo de Saúde do Parque Anhanguera, um importante seminário,
já com vistas ao Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, lembrado no dia 28
de julho, próximo sábado.
Secretaria
de Saúde promove seminário para debater o assunto
Dentro
da programação desenvolvida pelo Programa Municipal de Hepatites Virais, as
palestras: às 14:00h - Nutrição do paciente com Hepatites Virais (Palestrante:
Dra. Denusia Alves); 14:40h - Exames laboratoriais (Palestrante: Dra. Milena
Abreu Franco e Betânia Abreu Bandeira); 15:20h - Tipos de Hepatite Virais e formas de transmissão (Palestrante: Dra.
Maria Albetiza Souza); 16:20h - Assistência farmacêutica (Palestrante: Dra.
Lucinda Veras Miranda Sousa) e às17:00h - Dados epidemiológicos e gestão
(Palestrante: Dra. Claudia Regina Andrade Arrais).
Já
no sábado, dia 28 de julho, de 08 às
10 horas da manhã, haverá um Pit stop na avenida Dorgival Pinheiro Sousa, na
altura das lojas Economia, centro da cidade.
De acordo com a coordenadora do Programa
Municipal de Hepatites Virais, Cláudia Arrais, o programa Municipal de
Hepatites Virais está em fase de estruturação no município de Imperatriz, com a
formação do corpo técnico e estruturação de gestão. Entretanto, diz ela, “devido
ao crescente número de casos das hepatites virais na sociedade, faz-se
necessário a preocupação e discussão de políticas públicas que retratem do
problema, razão pela qual foi formulada esta programação do Dia Mundial de Luta
Contra Hepatites Virais, ocasião na qual estaremos apresentando a equipe do
programa juntamente com a OSC - Organização da Sociedade Civil”
Importância do
diagnóstico precoce
Há
dois anos, Humberto Silva, 46 anos, descobriu que tem hepatite C. O diagnóstico
já mostrou de imediato uma cirrose, estado avançado da doença. Os médicos não
souberam dizer quando houve a infecção, mas supõe-se que foi ainda na infância,
quando passou por uma cirurgia, e somente depois de anos foi detectada. “Não
sentia nada. A hepatite fica hospedada na pessoa e vai acabando com o fígado
dela aos poucos, sem que ela perceba”, disse Silva, que preside a Associação
Brasileira dos Portadores de Hepatite.
Assim
como Humberto Silva, milhares de pessoas em todo o mundo têm a doença e não
sabem. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 2 bilhões tenham
sido infectados pelas hepatites virais e 1 milhão morram por causa da doença a
cada ano. O vírus é de 50 a 100 vezes mais infeccioso do que o HIV.
Quanto
ao modo de transmissão, nas Hepatites A e E,
ocorre
por meio do contato com indivíduo, água ou alimento contaminado com o vírus.
Está relacionada à falta de higiene e de saneamento básico. Já as Hepatites B e C são transmitidas por relação sexual
desprotegida, da mãe para o filho durante o parto, pelo uso compartilhado de
seringas, lâminas de barbear, alicates de unhas e objetos cortantes, assim como
os usados em tatuagem e piercing, e por transfusão de sangue infectado.
As
autoridades no assunto chamam atenção para a importância do diagnóstico precoce
dessa epidemia silenciosa. Na maioria dos casos, os sintomas não aparecem e,
quando ocorrem, podem ser um sinal de que a doença já está na fase crônica. Os
mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjôo, vômito, dor
abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
A
pessoa não se reconhece doente. Por ser uma doença silenciosa, o diagnóstico é
muito difícil. Além disso, o consumo de álcool e a obesidade contribuem para
evolução mais rápida da doença. Sem saber da doença, aumenta o risco da
inflamação no fígado agravar-se e provocar danos mais graves à saúde, como
cirrose ou câncer.
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