Amplitude
do trabalho do Centro de Zoonoses é desconhecida pela população de Imperatriz
O
serviço é gratuito e de grande utilidade pública
A
principal função do Centro de Zoonoses é evitar que doenças que acometem os
animais, atinjam o ser humano. “A gente trabalha diretamente com a saúde
pública, evitando que doenças como a leishmaniose (calazar), que acomete o cão,
possam atingir o ser humano”, afirma Paulo Henrique Soares e Silva, coordenador
do centro de Zoonoses. Além disso, doenças como a raiva, a toxoplasmose,
leptospirose, Micoses, DAG - Doença da Arranhadura do Gato, Sarna sarcóptica causada por ácaro, Criptococose, Brucelose, Lepstospirose,
Ancylostoma, Dipylidium, Doença de Lyme, Trichinose ou triquinose, Salmonelose, Listeriose, Tuberculose, Toxoplasmose, Hidatidose, Febre amarela, Dengue, Tifo, Malária,
Tétano, Febre aftosa, Gripe aviária e Doenças de
Chagas, são consideradas comuns no meio urbano e é preciso muito cuidado e
atenção para se prevenir contra elas.
Infelizmente, os órgãos de imprensa locais
mostraram apenas superficialmente o imenso trabalho de qualidade realizado pelo
Centro de Zoonoses de Imperatriz, por isso, a população ainda desconhece os
relevantes serviços prestados por este órgão vinculado à Secretaria Municipal
de Saúde.
Todo o trabalho do Centro de Zoonozes de Imperatriz
vai no sentido de evitar que toda e qualquer doença que acomete um animal venha
a acometer o homem e assim, consequentemente venha a atingir a população. Por
isso é preciso todo o cuidado na prevenção.
Trabalho
muito eficiente
Segundo
Paulo Henrique Soares e Silva, coordenador do centro de Zoonoses, “a retirada de animais soltos nas vias públicas
é o primeiro passo para o combate às zoonoses, principalmente os chamados cães
errantes, que são aqueles que não tem um local fixo de moradia. Estes cães
podem transmitir doenças para outros cães e consequentemente para a população”.
A retirada dos cães das ruas de Imperatriz e
principalmente os cães portadores de calazar, que é uma doença transmitida por
um mosquito e que infelizmente, para o cão contaminado, ainda não existe
tratamento, é o primeiro passo. “Todo cão com calazar, infelizmente tem que ser
sacrificado, porque esta é uma doença que ainda não tem cura ainda no Brasil e
estes cães podem se tornar portadores da doença através da picada do mosquito”,
diz Paulo Henrique Silva.
Uma vez no Centro de Zoonoses, é realizada uma
triagem e se confirmado o diagnostico positivo para o calazar, o cão é
submetido à eutanásia ( a morte sem dor).
A boa notícia é que no ser humano, o calazar tem
tratamento e é 100% eficaz. Não existe o tratamento para os cães, por isso,
eles têm que ser eliminados. O calazar não atinge outros animais domésticos,
como o gato.
Estatísticas
Em média, são examinados cerca de 50 cães por semana
e retirados das ruas com leishmaniose e calazar, em torno de 100 cães por
semana. É preciso salientar aí que não somente os cães de rua, mas
principalmente os cães domésticos, com residência fixa e que infelizmente são
acometidos pelo calazar.
A equipe do Centro de Zoonoses é chamada de
“Inquérito” e seu trabalho é comparecer às residências onde existem cães e lá
coletar o sangue desses animais. Este sangue é enviado ao laboratório, onde
será examinado num período de 10 a 15 dias. Caso o resultado para calazar seja
positivo, a carrocinha do Centro de Zoonoses sai em diligência para recolher
este animal.
No ano de 2011 a eutanásia foi praticada em
aproximadamente 1.500 cães, dos quais, 90% estavam acometidos pelo calazar.
Existem outras doenças que atacam os cães e não têm tratamento, mas não são
zoonoses, ou seja, não atingem a população humana. São por exemplo, a sinomose,
a doença venérea, hepatite canina, etc. Nesse caso, tanto ele pode ter morte na
própria residência ou em clínica particular.
O Centro de Zoonoses funciona como um ambulatório
para atender a toda a comunidade de Imperatriz, de segunda à sexta feira, das 8
às 17 horas, com exames clínicos e tratamento de diversas outras doenças.
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