Controlador-Geral do Município presta contas da Secretaria de Saúde na Câmara Municipal
Itamar - Imperatriz
cumpre a Lei dos 15%, mas contribui com uma quantia bem maior que o exigido,
para cobrir os gastos vindos da demanda da nossa cidade e dos municípios
vizinhos
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O controlador Geral do Município, Itamar Batista,
esteve nesta quarta-feira (25) em audiência pública na Câmara Municipal para prestar
contas dos gastos da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS). Na tribuna do
Plenário Leo Franklin, ele apresentou dados estatísticos que comprovam a
aplicação correta dos recursos utilizados para manutenção dos serviços e ações
vinculados a SEMUS.
A apresentação foi baseada no Relatório Anual de
Gestão (RAG) que descreve as atividades desenvolvidas no ano de 2014 bem como
seus custos e a logística de aplicação de cada verba. Segundo controlador, no
ano de 2014 foram gastos na saúde 32 milhões e 878 mil reais a mais do que a
Lei obriga pela Constituição Federal que é de destinar 15% da arrecadação para
a área da saúde.
“Imperatriz cumpre a Lei dos 15%, mas não só isso
acaba contribuindo com uma quantia bem maior que o exigido, para cobrir os
gastos que são necessários para gerir o serviço público de saúde em Imperatriz,
devido à alta demanda que atendemos diariamente da nossa cidade e dos
municípios vizinhos”, afirmou Itamar ao falar do quantitativo arrecadado e dos
valores gastos com as despesas
De acordo com a explanação foram gastos 16 milhões
na Atenção Básica; 98 milhões na Atenção de Média e Alta complexidade
(atendimento de urgência e emergência do Hospital Muncipal, tratamento de
hemodiálise e aquisição de órteses e prótese); dois milhões e 908 mil com Vigilância
em Saúde (controle de vetores); um milhão e 460 mil com Assistência
Farmacêutica e 100 mil na Gestão do SUS – onde foram feitos investimentos na
rede de informática, entre outros.
No total, só de arrecadação foram repassados 185
milhões e 268 mil aos cofres do fundo municipal de saúde. O controlador
ressaltou que a Prefeitura de Imperatriz tem um olhar muito criterioso quanto
ao cumprimento da legislação, paralelo a preocupação de prestar um atendimento
humanizado. Ele citou o exemplo de mandados judiciais que obrigada o Município
a assumir despesas que muitas vezes não estão previstas em orçamentos nem são
pagas pelos recursos disponibilizados pelo Governo Federal.
“Ao mesmo tempo em que temos que cumprir
rigorosamente a legislação nos colocamos na condição humana. Você imagina
pagar 60 mil reais de U.T.I aérea para uma criança que está internada e precisa
de transferência urgente especificamente com tipo de transporte, e você ter que
tomar a decisão de fazer ou não fazer, essa criança pode morrer por uma decisão
de não gastar os 60 mil reais. Porém, temos que nos ater como pagar isso, pois
a União não banca, quem paga é o município com recursos próprios e necessita de
receita para isso”, destaca.
Quanto aos questionamentos feitos pela comissão presente,
Itamar Batista esclareceu aos vereadores e pessoas que se encontravam na
galeria, que existe um projeto na secretaria para aumentar o número de equipes
da Estratégia e Saúde da Família, bem como a cobertura dos Agentes Comunitários
de Saúde (ACS) por meio de um seletivo para contratação de mais 200
profissionais para o Município. Segundo o controlador, o Edital para provimento
de cargo desta natureza já está pronto aguardando apenas parecer favorável o
Ministério da Saúde para ser publicado.
Em relação à veracidade do relatório apresentado,
ele ressaltou que se trata do retrato de todas as ações que foram cumpridas
pelos programas e as que estavam previstas mas que deixaram de ser feitas,
mostrando o porque não foram realizadas. “Este relatório antes mesmo de ser
enviado para o MS, ele tem quer ser aprovado para o Conselho Municipal de Saúde
que tem poder para atuar
na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros”, finalizou Itamar.
[Maria Almeida – ASCOM]
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